29 de abr. de 2011

Contra fatos não há argumentos...


“Porque me viste, crestes? Bem aventurados os que não viram e creram”! (João 20:29)

Esse é um princípio legal. O fato prevalece diante de qualquer argumento contrário. Gosto do relato da atitude que teve São Tomé sobre a ressurreição de Cristo. Somos levados a enxergar o contrário e pensamos: como esse cara era incrédulo! Mas, na verdade, ele desempenhou um papel crucial para que creiamos na ressurreição de Cristo.

No primeiro dia da semana, para nós o domingo, as mulheres foram ao sepulcro esperando encontrar o corpo morto de Jesus na sepultura e embalsamá-lo, conforme o costume da época. Ao chegarem lá tiveram uma grande surpresa: A pedra estava removida e havia um anjo sentado sobre ela que disse: “porque buscais entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, ressuscitou como havia dito”! (Mateus 28:5,6)

Elas, por sua vez, correm e relatam aos apóstolos Pedro e João. Eles correm ao sepulcro e igualmente não viram o corpo de Cristo, mas o túmulo vazio, e creram. Neste mesmo dia Jesus aparece a dois discípulos a caminho a Emaús, conversa com eles sobre o que os profetas predisseram à cerca do Messias e desaparece. Quando todos estão reunidos, Jesus aparece no meio deles e todos creram. Menos um que não estava presente: Tomé!

Eles, por sua vez, contam a Tomé tudo o que ocorreu e que Jesus Ressuscitado havia aparecido a eles. Mas a atitude de Tomé a estes relatos era como se dissesse assim: ”que história absurda é essa! Tá vendo que eu não acredito no que vocês estão dizendo! Isto é conversa de vocês! Claro que Ele não ressuscitou”! E por oito dias seguidos, de segunda a sábado (no nosso calendário), Tomé asseverava: “Não creio! Não creio! Não creio”!

A princípio estranhamos esta reação de Tomé visto que ele era um dos doze apóstolos e estava descrendo no relato de todos os outros. Eram dez contra um (Judas já havia se excluído). Esperava-se que ele, ao menos, cresse no que os seus amigos e as mulheres que foram ao sepulcro expunham. Mas não, ele teimava em não dar crédito a eles.

Mas, acontece uma surpresa! “Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos e Tomé como eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste?Bem aventurados os que não viram e creram” (João 20:26-29).

Tomé creu na evidência. Na prova cabal. No fato incontestável. Ele, depois deste encontro pessoal com Cristo Ressurreto, não mais podia continuar cultivando o seu ceticismo obstinado. Concluímos então que, se até Tomé creu, é que de fato a ressurreição de Cristo aconteceu. Se Tomé creu, você não tem desculpas para não crer!

Sinceramente, aqueles que ainda hoje teimam negar a Ressurreição de Cristo o fazem muito mais por um ato de rebeldia do que de incredulidade. Rebeldia, sim, pois se admitir que crer, terá de comprometer-se com Cristo, como não se quer este compromisso, nega-se obstinadamente a sua ressurreição. Só que, o grande problema é enfrentar a impossibilidade de se desmanchar um fato ocorrido. Por exemplo: o meu pai morreu, se eu disser que ele ainda está vivo, deverei apresentá-lo vivo àqueles que o conheceram. Mas eu não posso fazê-lo, pois ele morreu há nove anos atrás. Entretanto, a minha Mãe ainda está viva. E quando as pessoas me perguntam por eles, eu digo assim: O meu Pai é falecido, mas a minha Mãe ainda está viva, e as pessoas acreditam. Pois não sou nenhum louco de dizer o contrário. Eu não posso provar que a minha Mãe morreu, se ela ainda está viva, nem que o meu Pai está vivo, se ele já morreu! Não há argumentos contra estes fatos!

Da mesma forma, não há provas de que Cristo não ressuscitou. Quem jamais foi capaz de provar que Ele não reviveu? Como provar a sua permanência no túmulo? Não há (nem houve) como! Os Sacerdotes Judeus e a Guarda Romana o teriam feito! Era somente levar as pessoas até o túmulo lacrado e fazer uma exumação de cadáver. Mas não o fizeram. Por quê? Porque não mais havia túmulo lacrado nem cadáver dentro dele! A pedra fora removida e o túmulo estava vazio.

Os túmulos dos fundadores das religiões estão por aí, espalhados pelo mundo inteiro e são visitados por milhares de devotos e turistas. Mas o que dizem ser o de Cristo, ele está vazio! E isto é FATO!

Cinquenta dias após da Ressurreição de Cristo estavam os apóstolos em Jerusalém, na cidade onde Cristo fora crucificado, anunciando para as multidões que Ele havia ressuscitado dentre os mortos (Atos 2). E por que não provaram o contrário, repito, com uma exumação de cadáver? Simplesmente porque não havia cadáver!

Mas, concluindo, não foi apenas Tomé que creu depois da evidência indiscutível. TODOS os apóstolos e as mulheres, só creram porque viram, ouviram, abraçaram, dialogaram, enfim, conviveram com Jesus Cristo ressuscitado! Há provas incontestáveis da sua ressurreição. Abrindo as páginas da Bíblia encontrá-las-emos!

Bem aventurados! Felizes! Afortunados! São aqueles que não O viram, mas creram!

Texto do Rev. Miguel Cox